Estudo realizado em parceria com o D³e – Dados para um Debate Democrático na Educação e apoio da Porticus sugere oportunidades para novas pesquisas que preencham as lacunas identificadas na análise.
Conduzida pelas pesquisadoras Priscilla Tavares, professora da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV), e Lara Simielli, integrante do Conselho Científico do D3e e professora do Departamento de Gestão Pública na Fundação Getulio Vargas (EAESP/FGV), a pesquisa revelou que o Brasil ainda carece de referências capazes de propor soluções para políticas públicas educacionais voltadas ao enfrentamento das desigualdades e à promoção de uma Educação Básica de qualidade com equidade.
O mapeamento localizou e avaliou 117 estudos sobre desigualdades educacionais produzidos no País, nos últimos dez anos, com base em três categorias: insumos, processos e resultados. A análise partiu de cinco marcadores de desigualdades educacionais (gênero, raça, nível socioeconômico, localidade e deficiência), trabalhados pelo Centro Lemann nas formações com lideranças educacionais. O resultado mostrou que a maior parte dos estudos aborda as diferenças no acesso a insumos, obtenção de resultados observados entre estudantes em cada marcador (meninas versus meninos; brancos versus negros, por exemplo) – que se configuram como as desigualdades mais estudadas.
O levantamento concluiu que as lacunas identificadas são potenciais oportunidades para futuras pesquisas que foquem nas categorias insumos para além da infraestrutura básica, na categoria processos nas dimensões raça, nível socioeconômico e localidade, e ampliação da gama de comparações de gênero, raça e deficiência e no conhecimento sobre Educação Infantil e Ensino Médio, aprofundando abordagens metodológicas mais robustas.
Para conhecer o mapeamento, acesse a plataforma “Estudos sobre desigualdades educacionais”, com mapas e infográficos detalhados da análise. https://estudosdesigualdadeseducacionais.centrolemann.org.br/